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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Oh, dúvida cruel

Sábado. 19 horas. Depois de um dia de trabalho, eu e minha esposa decidimos dar uma volta com Beatriz Vilar. Mas, sabemos que nossa filha não apenas possui livre arbítrio, como faz questão de nos lembrar sempre que este direito e inato e irrevogável a ela.
Desta forma, não basta apenas decidirmos sair. É necessário contar com o aval de Beatriz Vilar. Em caso de não possui este, tentar convencê-la.
Não foi diferente neste sábado.
- Bia, você quer sair.
- Hummmmmmm, não sei! Para onde?
- Dá uma volta no shopping, algum restaurante. Só não cinema, porque não tem filme de crianças.
- Vou decidir.
Enquanto isto, minha esposa coloca a “roupa de sair” e a “camisola” – ambas de Beatriz – em cima da cama. Logo em seguida, a leva para tomar banho.
Meia hora depois, como é o banho de quase todas as mulheres que eu conheço, Beatriz Vilar entra no quarto, enrolada na toalha.
Vanessa – minha mulher – pergunta:
- E aí minha filha? Você vai sair?
Beatriz – do auge da sabedoria de seus quatro anos respira fundo – olha para a camisola, olha para roupa de sair. Volta a olhar para a camisola. Volta a olhar para a roupa de sair... e faz este exercício por diversas vezes, até fechar os olhos em completo desespero, levar as mãos a cabeça e começar a bater na própria testa com a palma da mão e repetir:
- Pensa Bia, Pensa Bia, pensa Bia, pensa...

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